domingo, 5 de setembro de 2010

Economia Solidária



Economia Solidária: Princípios e perspectivas - Paul Singer

Território e territorialidade

De acordo com o senso comum, "território" se refere a um espaço qualquer, geralmente marcado e defendido; espaço de sobrevivência de um grupo ou pessoa. O termo, originário do latim "territorium" (termo derivado de terra) figurava nos tratados de agrimensura, significando "pedaço de terra apropriada".
A palavra território refere-se a uma área delimitada sob a posse de um animal, de uma pessoa (ou grupo de pessoas), de uma organização ou de uma instituição. O termo é empregado na política (referente ao Estado Nação, por exemplo), na biologia (área de vivência de uma espécie animal) e na psicologia (ações de animais ou indivíduos para a defesa de um espaço, por exemplo). Há vários sentidos figurados para a palavra território, mas todos compartilham da idéia de apropriação de uma parcela geográfica por um indivíduo ou uma coletividade e etc.
De acordo com a perspectiva de Raffestin (1993:158) a territorialidade reflete a multidimensionalidade do "vivido" territorial pelos membros de uma coletividade nas sociedades em geral. Segundo ele os homens vivem ao mesmo tempo o processo e o produto territoriais por meio de um sistema de relações existenciais e/ou produtivistas.
Para Alliès, o território é o "ter" do Estado, "objeto de um direito especial de soberania, assimilável a um direito real do Estado sobre o solo nacional, distinto do poder deste sobre as pessoas. Assim, a territorialidade arrisca-se a tornar-se um ramo isolado e específico da potência estatal; seu patrimônio ‘natural’".
Torna-se necessário afirmar que o território e a territorialidade de uma organização não pode ser deixado de lado, pois a mesma, só se realiza, na prática, territorialmente.
Enfim, território e territorialidade são complementos um do outro, ambos fazendo parte de um mesmo contexto, ou seja, território é uma parcela geográfica de um indivíduo ou uma coletividade e a terrirorialidade reflete a vivência do coletivo nas sociedades. Para a territorialidade torna-se necessário a existência de um território. Caso contrário, um território não necessita da existência de territorialidade, pois, o primeiro ser coletivo e individual.

Limites à Globalização Perversa

Globalização pós modernidade é um período histórico que funcionam de forma concretada, diversas variáveis cuja visão sistêmica é indispensável para entender o que está realizando. E assim, como em todo período, a partir de certo momento, há variáveis que perdem o vigor.
No momento atual, indicam a necessidade de variáveis ascendentes com a ideia de produção de nossa história.
Nova era: pessoas constituem a principal preocupação, período popular da história.
Há limitações do projeto racional, vivemos em uma racionalidade totalitária acompanhada da perda da razão. uma boa parcela da população não é mais capaz de obedecer leis, normas e regras.
O surgimento de outras esferas, contra-racionalidades e racionalidades paralelas são mantidas pelos que estão "embaixo", conseguindo sair do totalitarismo da racionalidade dominante.

Autogestão

"A autogestão é mais um "ideal" de democracia econômica e gestão coletiva que caracterizam um novo modo de produção. Contudo, este "ideal" se expressa em formas distintas nos diversos momentos da história, como possibilidades concretas dos trabalhadores constituirem suas utopias de uma sociedade igualitária e socialista. Isso significa uma radicalização da economia solidária, no sentido dos trabalhadores se reapropriarem daquilo que o capital lhe expropriou ao longo da história." - Ministério do Trabalho e Emprego

Na autogestão há cooperação, interdependência, coletividade, ausência de centralização, envolvimento, ausência de dominação, conhecimento da área.

Na autonomiahá escolha, equipe, não individualismo, criatividade, inovação, complexidade e organização.