Este blog tem como objetivo divulgar os conteúdos das aulas, com o intuito de ampliar o conhecimento e aumentar a capacidade individual de autogestão e desenvolvimento. É um trabalho orientado pela professora Fernanda Machado Freitas e administrado por alunos da disciplina ADE 400 ( Tópicos Especiais I ) do curso de Administração da Universidade Federal de Viçosa - Campus Rio Paranaíba.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Desenvolvimento econômico
Como fazer seu plano de carreira ...

Para se tornar um bom profissional , cada pessoa deve ter seus objetivos definidos .
Naturalmente é necessário alguma flexibilidade , porém a organização dos objetivos bem definidos é de extrema importância . Abaixo temos alguns passos a se seguir para conseguir começar a planejar sua vida profissional :
1. Deve-se tomar nota do que é importante para seu plano de carreira , e apartir daí definir quais são os mais relevantes.
2. Reflita sobre os seus objetivos de carreira e analise que competências suas o vão ajudar a este objetivo . Paralelamente , tome nota dos aspectos que prescisa desenvolver.
3. Pense nas suas experiências profissionais anteriores e veja de que forma pode aproveitar estas vivências na sua atual função. Este "regresso ao passado" deverá ser aproveitado para analisar todos os motivos que o levaram a apostar em determinada empresa, ou, pelo contrário, as razões que o levaram a sair. Poderá anotar também quais as decisões que gostaria de nunca ter tomado, e os motivos pelos quais está arrependido de forma a que não volte a repetir os mesmos erros.
4. Preocupe-se com os comportamentos/atitudes que influenciam - positiva ou negativamente - o seu desenvolvimento profissional e o seu relacionamento com os outros. Tente avaliar o seu estilo de comunicação, de decisão, administração do tempo, solução de problemas, organização, etc.
5. Considere a sua situação profissional atual e veja de que forma poderá desenvolver-se. Esta fase é de extrema importância para o desenvolvimento de seu plano de carreira e serão valiosos os contatos com os seus pares, superiores e subordinados que lhe podem dar outras perspectivas do seu trabalho. Faça uma listagem do que mais lhe agrada na sua atual situação (o ambiente de trabalho, as principais responsabilidades, por exemplo) e do que gostaria que fosse diferente (as tarefas rotineiras, as perspectivas de evolução dentro da empresa, etc.) dando uma pontuação a cada um deste itens por ordem de importância.
domingo, 21 de novembro de 2010
Boa administração, fator relevante para o sucesso de uma nova empresa
"Para o consultor empresarial, especializado em gestão de negócios, Paulo Queija, existem inúmeras razões pelas quais a mortalidade entre empresas de pequeno porte seja tão alta. “A principal delas é a falta de planejamento. É preciso traçar meta, objetivos bem definidos antes de se iniciar um empreendimento. Qualquer empresa precisa de planejamento, micro, pequenas ou até mesmo grandes corporações”, afirma Queija.
Segundo o consultor, quando se pensa em montar um negócio, “antes de tudo, é preciso que o futuro empresário busque conhecer bem e levante informações sobre o ramo de atividade onde atuará, como está este mercado, conhecer os concorrentes, os melhores pontos e fazer um planejamento do que vai ser colocado em prática na nova empresa”. Uma dica do consultor é procurar instituições de credibilidade como o IBGE, sindicatos, associações e o próprio Sebrae.
Outra opção para os futuros empresários é buscar ajuda e auxílio de profissionais. “A consultoria empresarial é muito eficaz quando atua junto ao novo empresário. Os consultores desenvolvem junto com o empresário o seu plano de negócios e dão todo suporte para definir as estratégias para o sucesso da empresa, minimizando os riscos do negócio”.
Para os empresários que já estão inseridos no mercado e estão passando dificuldades, Queija dá a dica: “Pare e recomece. Procure ajuda de uma consultoria empresarial. Este profissional irá orientá-lo sobre prioridades de sua empresa, ou seja, o que precisa ser colocado nos trilhos primeiro”."
Como se tornar um empreendedor melhor
Video indicado para pessoas que querem abrir seu proprio negócio, segue algumas dicas de como ser um empreendedor melhor e errar menos no começo da empresa.
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Livro: 10 MANDAMENTOS DA INOVAÇÃO ESTRATÉGICA

Sinopse CompletaEste é um livro sobre aventuras. Mas, que tipo de aventura podemos encontrar num livro sobre estratégia? O autor, Vijay Govindarajan , explica: gerenciar um novo negócio com um alto potencial de crescimento em uma organização tradicional, equivale a um salto triplo no trapézio a dez metros de altura, sem rede de segurança. Muitos executivos são levados, todos os dias, a enfrentar desafios como esse, e devem contar não somente com coragem , mas, principalmente, com uma estratégia forte e dinâmica. O livro traz exemplos de empresas como The New York Times Company, Unilever e Cisco Systems, entre outras, que, ao mesmo tempo, melhoram a sociedade em que atuam e aumentam os lucros por meio da inovação. Na verdade, a inovação é a essência de suas atividades econômicas. O livro compila dez idéias bem-sucedidas sobre inovação extraídas da experiência dessas empresas e oferece ao leitor a possibilidade de ampliar a capacidade de inovação estratégica das organizações em que atuam.
Dados técnicos:
Editora: CAMPUS
ISBN: 8535218718
ISBN-13: 9788535218718
Edição:
Numero de páginas: 300
Formato: BROCHURA
Tamanho: 16.00 x 23.00 cm.
a Inserção e desenvolvimento da Autogestão no Brasil
A utilização do conceito de autogestão para identificar um subconjunto da economia solidária no Brasil carece de algumas precisões para se iniciar o debate com o rumo certo. Um conjunto expressivo de empreendimentos foi formado na década de 1990 e no início desta primeira década do século XXI utilizando o conceito de autogestão, para fazer face aos efeitos deletérios de mais uma das recorrentes crises do capitalismo em nosso país. A grande maioria destes empreendimentos tomou a forma de cooperativas de produção.
Enfim, nos últimos vinte anos, a autogestão ganhou espaço no Brasil. Os movimentos sociais começaram a desenvolver propostas voltadas para a organização coletiva da produção como instrumento de superação da pobreza. Os projetos de produção comunitária, inicialmente mais freqüentes nas áreas rurais, assumiram maior relevância com o acirramento da crise do emprego e começaram a ser discutidos também entre os trabalhadores urbanos.
Plano de carreiras
Percebe-se portanto a importância do Plano de Carreira na vida profissional do indivíduo, mas como salienta Dutra (1996), há por parte das pessoas, uma natural resistência ao planejamento de suas vidas profissionais, tanto pelo fato de encararem a trilha profissional como algo dado, quanto pelo fato de não terem tido qualquer estímulo ao longo de suas vidas.
Um bom profissional tem sempre os seus objetivos profissionais bem definidos. Naturalmente que é necessário alguma flexibilidade, mas a "organização de objetivos" é uma excelente ajuda para alcançar as suas metas de carreira. Daremos algumas dicas de como começar a planejar a sua vida profissional. depois, basta por o seu plano de carreira em prática!
Comece por tomar notas de todos os dados que considerar relevantes para seu plano de carreira, e defina alguns dos tópicos mais relevantes. Só depois de ter uma boa base de idéias em rascunho, deverá começar a avaliar as informações recolhidas.
Reflita sobre os seus objetivos de carreira e analise que competências suas o vão ajudar a atingir este objetivo. Paralelamente, tome nota dos aspectos que precisa desenvolver.
Pense nas suas experiências profissionais anteriores e veja de que forma pode aproveitar estas vivências na sua atual função. Este "regresso ao passado" deverá ser aproveitado para analisar todos os motivos que o levaram a apostar em determinada empresa, ou, pelo contrário, as razões que o levaram a sair. Poderá anotar também quais as decisões que gostaria de nunca ter tomado, e os motivos pelos quais está arrependido de forma a que não volte a repetir os mesmos erros.
Preocupe-se com os comportamentos/atitudes que influenciam - positiva ou negativamente - o seu desenvolvimento profissional e o seu relacionamento com os outros. Tente avaliar o seu estilo de comunicação, de decisão, administração do tempo, solução de problemas, organização, etc.
Considere a sua situação profissional atual e veja de que forma poderá desenvolver-se. Esta fase é de extrema importância para o desenvolvimento de seu plano de carreira e serão valiosos os contatos com os seus pares, superiores e subordinados que lhe podem dar outras perspectivas do seu trabalho. Faça uma listagem do que mais lhe agrada na sua atual situação (o ambiente de trabalho, as principais responsabilidades, por exemplo) e do que gostaria que fosse diferente (as tarefas rotineiras, as perspectivas de evolução dentro da empresa, etc.) dando uma pontuação a cada um deste itens por ordem de importância.
Releia o seu plano de carreira. Veja se de há algum ponto que gostaria de alterar ou acrescentar. Não se esqueça que o seu plano deverá acompanhá-lo ao longo da sua vida profissional, pelo que deve ter uma estrutura flexível e adaptar-se a diferentes situações.
Economia informal urbana
“... um modelo gerencial que se propõe a integrar e orientar esforços, sobretudo os que estão relacionados à gestão de pessoas, visando desenvolver e sustentar competências consideradas fundamentais aos objetivos organizacionais.”
Desenvolvimento por competências
não se valoriza mais a capacitação para a reprodução de atividades de um cargo da empresa, não apenas as habilidades práticas, de ofício e sim conhecimentos, habilidades, atitudes, emoções, fatores ligados as pessoas, pois, são os fatores essenciais para adaptação diante de tantas mudanças.
Economia Informal
sábado, 20 de novembro de 2010
Relacionamento de Gerações no local de trabalho

Nesta semana o Jornal da Globo lançou uma série especial sobre o relacionamento
de gerações no local de trabalho, ao todo são 5 reportagens, que explicam as reações de pessoas mais velhas ao receberem ordens de mais jovens, a redução dos anos de uma geração para outra, perda das salas e mordomias dos chefes, a entrada da informalidade dentro das empresas, elas sendo dirigidas por jovens, com entrevistas de funcionários e especialistas na área. (Gerações X, Y e Z)
Segue os links abaixo (em sequencia) para a visualisação do video e reportagem completa. Os videos não puderam ser postados no blog pois não estão disponiveis para outros sites.
*http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/11/geracoes-apresentam-diferentes-perspectivas-e-metas-profissionais.html
*http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/11/funcionarios-de-valores-diferentes-geram-conflitos-em-empresas.html
*http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/11/empresas-encontram-desafios-para-manter-talentos-da-geracao-y.html
*http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/11/geracao-y-cria-e-dirige-empresas-de-sucesso-no-brasil-e-no-exterior.html
*http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2010/11/ritmo-da-tecnologia-e-decisivo-para-formar-personalidade-da-geracao-z.html
Cidades X Carreiras
Três autores fizeram um artigo cientifíco para mostrar as 100 melhores cidades brasileiras para se construir uma carreira de sucesso.
Foi analizada da seguinte forma: cidades com no mínimo 170.000 habitantes e 210 milhões de depósitos a vista. Foram encaixadas nesse quisito 103 cidades, porém ao analisar outras, observaram que mais 6 cidades não correspondiam com esses critérios mais que segundo o autor possuíam potencialidades para desenvolvimento do indivíduo.
O total de 109 cidades foram avaliadas segundo variáveis como Saúde, Educação, Moradia, Impostos, etc. cada variável recebeu uma pontuação de acordo com sua relevancia. O que resulta no raking das 100 melhores cidades para se construir uma carreira.
Esse ranking serve como auxílio para a escolha de uma cidade com possibilidade de crescimento para construir carreira

TÍTULO: Carreiras e Cidades: Existiria um Melhor Lugar para se Fazer Carreira?
AUTORES: Moisés Balassiano; Elvira Cruvinel Ferreira Ventura; Joaquim Rubens Fontes Filho
PERIÓDICO: RAC, v.8, n. 3, Jul/Set. 2004: 99-116
Como melhorar a Qualidade de Vida no Trabalho
Com a mudança da nova concepçao de trabalho, onde o colaborador visa o seu bem-estar profissional, pessoal e familiar em conjunto; segue algumas dicas para a melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho.
Eliminando desperdícios com tecnologia "5S"

"O Método "5S" foi base da implantação do Sistema de Qualidade Total nas
empresas. Surgiu no Japão, nas décadas de 50 e 60, após a Segunda Guerra
Mundial, quando o país vivia a chamada crise de competitividade. Além disso,
havia muita sujeira nas fábricas japonesas, sendo necessária uma reestruturação
e uma “limpeza”.
O país precisava reestrutura-se, organizar as indústrias e melhorar a produção
para ser compatível com o mercado mundial.
O programa tem este nome por tratar-se de um sistema de cinco conceitos
básicos e simples, porém essenciais e que fazem a diferença no Sistema da
Qualidade.
Espanha e Inglaterra adotaram metodologias equivalentes, porém com nomes
diferentes: “Teoria da Escova” e “Housekeeping”, respectivamente; mas a idéia é a
mesma- sempre buscar o Sistema da Qualidade Total .
É possível eliminar o desperdício (tudo o que gera custo extra) em cinco fases,
com base no método "5S". Foi um dos fatores para a recuperação de empresas
japonesas e a base para a implantação da Qualidade Total naquele país.
Os cinco conceitos foram introduzidos no Brasil posteriormente, em 1991, pela
Fundação Cristiano Ottoni."
Leia mais: http://universodalogistica.blogspot.com/
Funcionários ou Colaboradores?

Plano de Carreira
O primeiro passo para ser ter uma trajetória profissional de sucesso está na elaboração de um eficiente e bom plano de carreira. Antes de elaborá-lo devemos primeiramente pensar nas nossas metas, perceber nossas qualidades e defeitos pessoais e trabalhar com a hipótese de mudanças, principalmente na atual conjuntura econômica em que vivemos.
Auto-estima

quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Projetos sociais

Ostrabalhos voluntários são iniciativas individuais ou coletivas que visam a proporcionar a melhoria da qualidade de vida de pessoas e comunidades. Por meio de contribuições voluntárias, a sociedade se mobiliza, organizando e desenvolvendo projetos e ações sociais para transformar determinada realidade para o bem comum.
Os projetos sociais são um exercício de cidadania, pois envolvem as pessoas para além do seu campo de vivência, permitindo a transposição de barreiras e preconceitos em benefício do outro. Eles são um meio para que haja maior conscientização do indivíduo diante do papel que ele desempenha na sociedade , além de despertar o sentimento de solidariedade.
O projeto social nasce do desejo de uma ou varias pessoas de mudar a realidade em que vive. Vários são os projetos desenvolvidos pelo mundo a fora, todos com o mesmo objetivo: mudar a realidade em que vivem. Para um bom projeto é necessário conhecer bem a realidade problema, para isso torna-se necessário uma boa pesquisa para levantar os principais dados. E assim montar o projeto para mudarCooperativismo

O Cooperativismo é um sistema econômico que faz das cooperativas a base de todas as atividades de produção e distribuição de riquezas , tendo como objetivo difundir os ideais em que se baseia, no intuito de atingir o pleno seu desenvolvimento econômico e social.
É a união de pessoas voltadas para um objetivo comum, visando alcançar os objectivos propostos na sua constituição estatutária.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Tecnologia Social
È considerado tecnologia social tudo aquilo criado para solucionar algum tipo de problema da sociedade e que atenda aos quesitos da simplicidade , custo baixo e facil de se aplicar , tendo assim um impacto social na sociedade . Pode ser considerado um produto , método ou técnica.
Baseia-se em disseminação de soluçoes que podem ajudar a toda sociedade em problemas , como demandas por águas potáveis , alimentação , educação, habitação , saúde , meio ambiente e energia.
As tecnologias sociais podem originar-se quer no seio de uma comunidade quer no ambiente acadêmico. Podem ainda aliar os saberes populares e os conhecimentos técnico-científicos. Importa, essencialmente, que a sua eficácia possa ser alcançada ou repetida por outras pessoas, permitindo que o desenvolvimento se multiplique entre as populações atendidas, melhorando a sua qualidade de vida.
São numerosos os exemplos de tecnologia social, indo do clássico soro caseiro até às cisternas de placas pré-moldadas que atenuam o problema da seca, passando pela oferta de microcrédito, ou ainda pelos Encauchados de Vegetais da Amazônia,que geram renda para populações indígenas e seringueiros, ao agregar valor à borracha nativa, entre outros.
Desenvolvimento Sustentável
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Você sabe o que é Balanced Scorecard?
domingo, 14 de novembro de 2010
Reestruturação Produtiva

Para mais informações sobre o assunto, especificamente os desafios da qualificação, acessem:
http://read.adm.ufrgs.br/edicoes/pdf/artigo_199.pdf
Críticas por meio da música
Criatividade e inovação no cenário atual das Organizações

Os Princípios do Cooperativismo
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Plano de carreira para que serve ?
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Ètica

Ética é o ramo dafilosofia que busca estudar e indicar o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade. Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano.
domingo, 7 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Emprego e Empregabilidade

A empregabilidade baseia-se numa recente nomenclatura dada à capacidade de adequação do profissional às novas necessidades e dinâmica dos novos mercados de trabalho. Com o advento das novas tecnologias, globalização da produção, abertura das economias, internacionalização do capital e as constantes mudanças que vêm afetando o ambiente das organizações, surge a necessidade de adaptação a tais fatores por parte dos empresários e profissionais.
A relação de emprego, ou o vínculo empregatício, é um fato jurídico que se configura quando alguéme ( empregado ou empregada ) presta serviço a uma outra pessoa, física ou jurídica ( empregador ou empregadora), de forma subordinada, pessoal, não-eventual e onerosa.
Sustentabilidade
Sustentabilidade é a habilidade, no sentido de capacidade, de sustentar ou suportar uma ou mais condições, exibida por algo ou alguém. É uma característica ou condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência, em certo nível, por um determinado prazo. Em anos recentes, o conceito tornou-se um princípio, segundo o qual o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras, o que requereu a vinculação da sustentabilidade no longo prazo, um "longo prazo" de termo indefinido, em princípio.
Para que um empreendimento humano seja considerado sustentável, é preciso que seja:
- ecologicamente correto
- economicamente viável
- socialmente justo
- culturalmente aceito
domingo, 24 de outubro de 2010
Tecnologias Sociais e Políticas Públicas – Um exercício de Democratização para o Desenvolvimento Social
A lógica é que o fundamento básico vem revelar que a referida tecnologia é oriunda de uma construção coletiva que tem seu laboratório vivo na sociedade e, por isso, é fruto de um esforço na direção do desenvolvimento territorial sustentável.
As tecnologias sociais ocupam um lugar estratégico no Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) no Brasil, graças ao seu DNA possuir três características importantes:
- A TS é uma possibilidade clara do exercício do fortalecimento da democracia e da soberania nacional, pois sua prática, construção e resultados apresentam baixo custo, alta capacidade de adequação na sua reaplicabilidade e por que as suas patentes estão desvinculadas dos segredos empresariais e dos mercados de capitais;
- A sua abordagem evidencia a estratégia de como os sujeitos do território se envolvem no enfrentamento de desafios. A TS é uma fotografia da demanda efetiva de uma comunidade e de suas respostas às suas demandas;
- O fato da atuação das entidades e instituições que praticam TS ocorrer em uma forma interativa entre si, de acordo com a geopolítica da comunidade, motiva a participação dos diversos sujeitos no desenvolvimento social, político, cultural e econômico voltada para a construção de sua sustentabilidade, estabelecendo e ampliando uma rede de relações solidária e éticas nas suas atividades, assim como na construção e monitoramento de políticas públicas dirigidas ao desenvolvimento sustentável.
Tecnologia é instrumento de poder. Assim, as tecnologias sociais também são ferramentas de poder. Elas carregam em si um forte apelo de quebra de paradigma, onde a ciência sempre guardou um conceito de “algo sagrado, grandioso, distante da realidade e das demandas do cotidiano”. Essa condição afasta o sistema de CTI do terreno social e real, do chão, afasta das políticas públicas, que aqui conceituamos como sendo aquelas que guardam uma proximidade e um compromisso com as demandas das diversas comunidades e segmentos sociais.
O Brasil deu saltos significativos no campo da estruturação das políticas públicas de CTI, na primeira década do século XXI, especialmente durante o Governo Lula (2003-2010). Destacam-se aspectos jurídicos, orçamentários, priorização de eixos estratégicos como os de energias renováveis, fomento à solidificação de empresa de base tecnológica; formação e fixação de pós-graduandos em áreas de conhecimentos relacionadas com o desenvolvimento nacional e, no campo das TS, pode- se relevar o papel da inclusão digital, do esforço para a popularização da ciência, do fomento às incubadoras de empreendimentos da economia solidária e da agricultura familiar, dentre outros.
No cenário das políticas públicas dos estados brasileiros, pode-se afirmar que ainda há muito que fazer. Os estados brasileiros realmente carecem de um aceno do Governo Federal como motivador da expansão de sua plataforma de ciência e tecnologia, seja indicando os macroeixos estratégicos de desenvolvimento, seja disponibilizando recursos para fomentar os investimentos, seja com abertura e apoio no relacionamento com empresas, mercados e instituições de ensino e pesquisa internacionais.
O caso da Bahia, em especial, que, segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) (2010), apresenta uma população se aproximando dos 15 milhões de habitantes, uma economia que se destaca entre as seis maiores do país, estado com 70% de seu território ocupado com o semiárido (...), todo esse contexto exige uma valorização de destaque da CTI como vetor de desenvolvimento.
Na tentativa de envolver as políticas públicas relacionadas com as TS, percebem-se desafios latentes para as referidas políticas se constituam como instrumento de desenvolvimento tal, na Bahia, para o contexto da segunda década do século XXI:
- TS pensada de forma desarticulada e apenas na Secretaria de CTI, e ainda com uma atenção muito aquém daquela suficiente para expressar relevância para o desenvolvimento social;
- Rede de entidades da sociedade civil e de instituições públicas ainda fragilizadas. Inclusive pode-se notar a necessidade de melhor qualificação da rede TS Bahia. Um Programa que acene para uma atuação contínua, articulada, de rede e, com um foco na consolidação e expansão da mesma;
- Educação com currículos que não promovem o seu conteúdo nem a articulação entre as diversas áreas de conhecimentos;
- Ausência de um marco legal que oriente e garanta a destinação de recursos públicos; a captação de recursos de outras possíveis fontes; e o reconhecimento e aplicação da TS diante de órgãos públicos como escolas, saúde, segurança pública, cultura, lazer, geração de renda e outros;
- Distanciamento de setores de ensino (principalmente universidades), pesquisa e extensão (instituto de pesquisa, empresas e órgãos da extensão, ONGS e movimentos sociais). Faz-se, mas não se capitaliza de forma estratégica e intencional;
Estes são desafios primários para se efetivar um processo de implantação e implementação de Políticas Públicas relacionadas com as TS, no Estado da Bahia, muito embora seja possível se realçar outros condicionantes envolvidos com este debate, da relação entre Políticas Públicas e as TS:
- Meios de comunicação muito pouco sensibilizados para as tecnologias sociais;
- TS tratada como tecnologias de pequeno. Que não poderá dar conta de uma demanda social, econômica, em escala;
- Pouca experiência por parte das entidades e instituições de TS da Bahia em trabalhar numa articulação de rede, de cooperação, de diálogos, etc.
Vale destacar que a Bahia, e outros estados do Brasil, assim como diversos países menos influentes na geopolítica internacional vêm sofrendo, há tempos, com a política do estado mínimo ou com o neoliberalismo. Com a imposição do imperialismo do mercado sobre as outras estruturas da sociedade, todas as decisões relacionadas com o planejamento e execução de políticas voltadas para o desenvolvimento se tornam refém da economia de mercado e assim as políticas públicas ou estão ausentes no dia da vida da população ou se apresentam de maneira debilitada e até mesmo com intervenção contrária ao rumo do desenvolvimento social de um determinado território. A ciência e a tecnologia dita como tradicional sempre se apresentarem subordinadas ao referido modelo, com a missão de referendá-lo e fortalecê-lo cada vez mais. Enquanto isso, a TS criou caminho próprio, mas marginalizado, muito embora de forma resistente, ético, solidário e envolvido com o desenvolvimento sustentável do lugar onde criou e fincou raízes.
Na Bahia, assim que se iniciou a gestão do Governador Jaques Wagner, em 2007, iniciou-se um trabalho de garimpagem das entidades-membros das RTS Bahia, para que se pudesse fazer algo com o apoio e o acúmulo da RTS nacional. E a rede, na Bahia, vem criando forças e apontando rumos, principalmente no aspecto do controle social para que as políticas públicas se efetivem. O grupo realizou fóruns de TS em diversos territórios de entidades; participou de forma ativas de duas Conferências Estaduais de CTI e da I Regional do Nordeste. A partir dessa atitude, já se conseguiu sistematizar um documento com um conteúdo voltado para o fortalecimento de uma política pública que dê conta da estruturação de um cenário favorável e consistente no qual as experiências de TS sejam enxergadas pelo estado brasileiro e baiano e mais, sejam contempladas com orçamento público e com uma legislação compatível com a realidade da TS Baiana.
Outro destaque importante a se considerar na Bahia é que o Governo Wagner realizou o Plano Plurianual (2008-2011) de forma participativa e nas bases dos Territórios de Identidade e é possível se ver a clareza da demanda por política pública no campo das TS realizada pelas entidades da sociedade civil e instituições públicas e por “pessoas comuns”. É possível se visualizar3 a demanda pela inclusão digital; pela criação de centros vocacionais; demandas por editais da Fundação de Amparo do Estado da Bahia (Fapesb) que apoiem a atividade de incubadoras, juntando a pesquisa, o ensino e a extensão. Vê-se um avanço significativo no âmbito das políticas públicas dos Governos Federal e estadual, mas uma grande lacuna no âmbito municipal. Esse é um desafio estratégico e necessário para os próximos PPA dos municípios. E assim será possível animar ainda mais a luta dos sujeitos envolvidos no fortalecimento da TS na Bahia e no Brasil.
Esperamos que a IV CNCTI alimente a utopia de chegarmos a unir a riqueza e a contribuição que as TS podem ofertar a consolidação de políticas públicas de fato comprometidas com o desenvolvimento sustentável e a soberania nacional do Brasil.
*Jerônimo Rodrigues de Souza é assessor especial da Secretaria de Planejamento da Bahia.
Fonte: Livro “Tecnologia Social e Desenvolvimento Sustentável: Contribuições da RTS para a formulação de uma política de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação”